Amor é o que
nos move. Seja ele amor a um curso, uma atividade, uma bebida, uma pessoa.
Amor próprio
talvez seja o mais importante, e ao mesmo tempo, um dos mais difíceis. É muito
mais simples amar algo, ou depositar a responsabilidade de nossa felicidade em
outras pessoas, do que aceitar que ela depende quase que única e exclusivamente
de nós mesmos.
Pode ser
também amor a uma atividade. Tocar violão, fazer tricô, viajar. Essas pequenas
coisas que trazem inspiração e felicidade.
Pode ser amor
às comédias românticas, que trazem a leveza suficiente para continuar seguindo
o meu caminho.
Pode ser amor
a uma banda, ou uma música, que ajuda a compor a trilha sonora vida, e com
isso, ajuda a entender o que está acontecendo.
Pode ser amor
aos amigos, à família, aos amores do meio do caminho. Às pessoas que passam por
nossas vidas e deixam bem mais que uma marquinha. Às pessoas que passam e
deixam um pedaço de si, levando um pedaço de nós.
Os amores não
resolvidos também me movem. Talvez mais que os resolvidos, na verdade. Eu tenho
uma inquietação com coisas não acabadas, com histórias sem um ponto final.
Amores não resolvidos mantém aquela chama de esperança de uma continuação,
embora ela obviamente não vá acontecer. Tem um bolo de chocolate na casa da sua
amiga, você vai e come um pedaço. Então você precisa sair para apresentar um
trabalho. Quando termina de apresentar, tudo o que você quer é voltar pra casa
pra comer mais um pedaço do bolo. Mas veja bem, o bolo pode ou não ter acabado
enquanto você estava fora. E o bolo nem é seu! Como saber? Então. Exatamente
isso que são os amores não resolvidos. Um bolo de chocolate sensacional que
pode ou não ter acabado e que não é seu. E que justamente por isso, faz com que
você queira voltar correndo para resolver essa dúvida.
Porque sim,
amores acabam. Do mesmo jeito que eles chegam de fininho, eles também vão
embora. A minha incrível experiência de... Não, calma. Em partes a minha
não-muito-vasta experiência, em partes a observação de experiências não minhas,
me fizeram chegar a essa conclusão. Quantas coisas já não gostamos tanto, para
então deixar de gostar, se não começar a odiar? Quantas pessoas já não dissemos
que amávamos, mas depois a única coisa que ficou foi a indiferença?
Acontece.
É natural.
Faz parte.
Acaba, simples
assim. E a única coisa que fica é o aprendizado. E o espaço aberto para novos
amores, que surgem das mais inesperadas maneiras.
Ou pode ser o
amor às amoras. O amor que me fazia pegar uma xícara bonitinha, andar até o
meio do mato e colher as amoras mais pretinhas do pé. Por todos os dias,
durante toda a temporada de amoras na casa dos meus avós. E voltar para casa
com um punhadinho de amoras, que geralmente se resumia a uns sete ou oito
frutinhos e a boca (e as roupas, e a alma) toda pintada de roxo.
Sério. Como
não amar as amoras? Essas amoras que são tão amorzinho que tem amor até no
nome?
As framboesas
que me desculpem.
Você é muito fofa <3
ResponderExcluirNhoim :3
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